A «APOSTA» NA «LIBERDADE TRAICIONALISTA» RATZINGERIANA

17-12-2010 20:50

 

A «APOSTA» NA «LIBERDADE TRAICIONALISTA» RATZINGERIANA

por Arai Daniele
Sobre a questão da liberdade há que ler sobretudo a encíclica “Libertas” de Leão XIII (junho 1888), que ainda se encontra no sito www.vatican.va.

Nela é ensinado que:

A liberdade, dom excelente de Natureza, próprio e exclusivo dos seres racionais, confere ao homem a dignidade de estar nas mãos de seu arbítrio e dono de suas ações. Porém o mais importante dessa dignidade é o modo de seu exercício, porque do uso da liberdade nascem os maiores bens e os maiores males.”


Papa Leão XIII

De fato, o homem pode seguir o caminho reto de seu último fim ou o da perdição voluntária. Jesus Cristo, libertador do gênero humano, que veio para restaurar e acrescentar dignidade à Natureza, ensinou o caminho reto que a livre vontade deve seguir para o bem próprio e da sociedade. Portanto a consciência livre deve ser formada no bem da verdade; verdade de Cristo que instaura a liberdade humana no bem.

Daí que a Igreja considera delírio a “liberdade” de consciência, exercida justamente para decidir por si o que seja reto e bom diante do que foi divinamente revelado. É este o imenso mal da “liberdade religiosa e de consciência” que o homem moderno, desde afetados intelectuais até empolados prelados, não querem nem entender nem mais esclarecer!

Confusões revolucionárias e heresias sobre a liberdade

Sobre a questão do uso da liberdade – dom excelente de Deus aos homens – na era moderna, uns armam-se para arrancá-la de todo lado e outros para justificar isto em nome da dignidade humana. Contra o delírio do abuso desta “liberdade” esteve sempre a Igreja Católica, que ensina a liberdade na justiça e no bem.

O Papa Leão XIII na sua encíclica Immortale Dei (2),

“sobre as chamadas liberdades modernas, separando o que nestas há de bom do que tem de mau”, demonstrou “ao mesmo tempo que todo o bem que estas liberdades apresentam é tão antigo como a mesma verdade, e que a Igreja o aprovou sempre de boa vontade, incorporando sempre na prática diária de sua vida. A novidade descoberta modernamente não é mais que uma autêntica corrupção produzida pelas turbulências da época e pela imoderada febre de revoluções.”

Assim, o “liberalismo católico” é uma história que remonta na França às mentes da intellighenzia liberal dos vários Lamennais e depois Sangnier e por fim a classe conciliar, que tomou o poder a partir do infeliz transviado João XXIII. Consistia em interpretar, ou melhor, atualizar a Tradição à luz das idéias revolucionárias modernas. Estes intelectuais pretendiam “salvar” a Igreja de seu “pensamento antigo” a senso único, para integrá-la nas amplas liberdades vigentes! Inútil dizer que para eles o Papa de Roma era um retrógrado ignorante que devia ser instruído e aconselhado, para que abrisse sua mente para as novas realidades, de modo que começasse a mudar a Igreja, abrindo-a ao mundo.

Neste sentido o festejado Lamennais foi a Itália visitar o Papa, era Gregório XVI. Conta-se que depois da partida do padre francês, que havia ministrado um longo discurso, ouvido com paciência e inutilmente corrigido pelo Pontífice, este tenha perguntado aos presentes se haviam notado o sinal de perdição que Lamennais tinha na fronte. Provavelmente o Papa vira nele a marca do pecado contra o Espírito Santo, da recusa da verdade afirmada, que é sem perdão. Lamennais morreu apóstata.

Com essa visita, porém, o tal liberalismo lançou novas raízes, suscitando também na Itália novos “santos” salvadores da Igreja, da Pátria, do mundo, como o escritor Fogazzaro e tantos iluminados conservadores das próprias promoções e carreiras clericais, para finalmente mirar ao vértice do Vaticano.

Este mundo clerical seguiu uma série de novos mestres modernistas que, mesmo se religiosos, foram muito aplaudidos pelo mundo liberal-democrático, como Loisy, Duchesne, Mounier, antecessores dos vários Maritain, Rahner, Roncalli, Montini, Wojtyla e Ratzinger, que por sua vez olhavam para a Sede suprema, onde erigir um deles; alguém que ocultasse cautamente estas idéias revolucionárias sob uma aparência pia e de “genial simplicidade”, para depois aplicá-las a um concílio. Eis como Ângelo Roncalli foi descrito pelo seu cúmplice e amigo Jean Guitton.

E assim apareceu João XXIII, o eleito favorito não só das lojas, que, uma vez guindado ao alto, logo escancarou portas e janelas para fazer sair o ar estagnado de dois mil anos de Evangelho e fazer entrar o sopro do mundo progredido que, porém, logo se revelou para as almas católicas fedor insuportável. Este podia agradar as narinas modernistas da banda Roncalli, mas para os fiéis era peçonha que devia ser denunciada. A quem, porém, visto que à testa do novo aparato conciliar, que desde então ocupa a Igreja, estão os gestores do esgoto modernista?

 

John XXIII with

João XXIII com o "Cardeal" Richard Cushing de Boston - um homem que chamou o dogma Fora da Igreja não há Salvação sem sentido e nomeado homem do ano pela B'nai B'rith (maçons).

A lógica do pensamento católico e os venenos conciliares.

O Bulletin du Grand Orient de France n° 48, novembro-dezembro 1964, p. 87, cita como referência de “positions constructives et nouvelles uma intervenção feita na terceira sessão do Vaticano II por um jovem bispo, que depois será eleito para a suprema Sede:

Il faut accepter le danger de l’erreur. On n’embrasse pas la vérité sans avoir une certaine expérience de l’erreur. Il faut donc parler du droit de chercher et d’errer. Je réclame la liberté pour conquérir la vérité”.

(É preciso aceitar o perigo do erro. Não se abraça a verdade sem ter alguma experiência de erro. É, portanto, preciso falar do direito de procurar e de errar. Eu reivindico a liberdade de conquistar a verdade).

Tal declaração sobre o «direito» do erro vinha de mons. Karol Wojtyla, bispo de Cracóvia, introduzindo o direito à liberdade do erro, direito que, até Pio XII, sempre fora abertamente acusado.

Paulo VI e João Paulo II

Aqui vai a grave confusão em tomar o fato que os homens erram devido à sua natureza decaída pelo Pecado original, como direito.

Não há caridade se não se ama Deus sobre todas as coisas: Deus, que é Verdade, quer a forma de amor mais alta que combina a inteligência com a livre vontade. Esta existe para amar Deus Verdade e Bem.

A caridade é amor de Deus, “propensão do apetite pelo bem”, como ensina S. Tomás (OS, II, q. 26). Como pode haver caridade sem ordenar a própria inclinação ao Bem? E como conhecer o Bem sem a Fé? Quando o amor humano escolhe um bem, ou um valor, preferindo-o ao Bem, ao invés de amar a Deus sobre todas as coisas, ama sobretudo a sí mesmo, a sua idéia de bem; é o erro que vai no sentido oposto ao do Bem, dirige-se para a desordem. A caridade, ao contrário, exulta na verdade (Cr 13, 5). Verdade = bem. Ora, a verdade mais recusada na hora presente é a da Culpa original e da responsabilidade pessoal de todo homem para superá-la. Esta foi a causa porque Nosso Senhor morreu crucificado. Assim não se pode prescindir de Sua Cruz, como não há amor verdadeiro que possa prescindir da Verdade e do Bem. Ir contra esse preceito divino é erro que não pode fundar um direito contra a Verdade e o Bem. Para ensiná-lo foi instituída a Igreja, onde no nosso tempo soam palavras contrárias.

Estas contradizem também o ensino do Apóstolo para o discernimento dos espíritos (I João, 4):

Caríssimos, não queirais crer em todos que se dizem inspirados; antes, examinai os espíritos, para saberdes se são de Deus, pois no mundo já apareceram muitos falsos profetas. Para saber se alguém é inspirado por Deus, segui esta norma: todo aquele que confessa que Jesus Cristo encarnou, fala da parte de Deus. Todo aquele que divide Jesus não fala da parte de Deus. Esse tal é o espírito do Anticristo, do qual já ouvistes dizer que há de vir, e que já está no mundo. Filhinhos, vós sois de Deus e já vencestes os anticristos, pois Aquele que está convosco é maior do que aquele que está com o mundo. Eles pertencem ao mundo; por isso falam a linguagem do mundo e o mundo os ouve. Nós, porém, somos de Deus. Por isso, quem reconhece Deus, ouve-nos; e quem não é de Deus, não nos ouve. Com isto podemos distinguir o espírito da Verdade do espírito do erro.”


 

A verdadeira divisão no mundo humano

No campo racional é aqui que o pensamento modernista e maçônico tenta dividir o pensamento cristão. Para o fiel católico, pela harmonia entre Fé e razão, ambas procedem da verdade de Deus. Jesus ensina: (João, 8, 31-34)

Se guardardes a Minha palavra, sereis de fato meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.  Eles disseram: Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como podes dizer: ficareis livres? Jesus respondeu: Em verdade vos digo: quem comete o pecado é escravo do pecado.”

Porque falar aqui de lógica que guia o pensamento? Porque a verdade essencial sobre o homem não pode derivar da liberdade humana de experimentar o erro, nenhuma ciência humana pode dizer quem é realmente o homem, sua origem, seu estado atual, seu fim último. Por isto a ciência moderna é agnóstica: dispensa a verdade que não alcança. Mas é só a verdade que faz o homem realmente livre. Quem desconhece ou nega a verdade sobre sua natureza mesma e seu fim, não está livre; depende do conhecimento alheio, que pode ser falso. Já se entregou à falsa liberdade do erro. A verdade nos precede, não tem tempo, segue uma ordem de princípios que não podem ser inventados seguindo experiências abertas aos erros. Isto vale só para o campo material. No principal só a fé de Abraão leva à verdade, porque acreditou e abraçou com amor a verdade que vinha do Alto, de Deus. Essa é a norma da vida espiritual, pela qual se deve viver come se pensa e pensar como se crê. O crer o que somos, qual a nossa origem e fim último segue necessariamente o que nos foi revelado, nunca une certaine expérience de l’erreur; um credo auto-revelado de tipo antroposófico, como é o caso da “estranha teologia” do estranho “filósofo” personalista e existencialista que foi Wojtyla, inventor da “redenção universal” que dispensa justamente a livre vontade humana, porque “em qualquer modo… “O Filho de Deus, através da sua encarnação se uniu a todo homem”quer o saiba ou não! Pasmem a contradição: declara isto, que é o máximo da assunção do “perigo do erro”, pois contraria toda a Doutrina católica sobre a necessidade de aderir com a vontade a Cristo, e o faz em nome do Filho de Deus, porque se apresenta como Seu Vigário! Nesta veste, vai impor uma “nova consciência da Igreja”, que constitui uma nova “fé” para uma nova Igreja, não mais fundada na Palavra de Jesus Cristo, mas na experiência do erro do João Paulo, deduzida na base dos documentos do Vaticano II aos quais «novos princípios» colaborou!

Ora, “Quem erra salvando os princípios, pode ser corrigido; mas quem erra nos princípios é incorrigível” (São Tomás). Aqui o princípio mega-desviado está não só no direito de errar, mas de ditar o erro como doutrina de uma sede suprema!

 

A invisível divisão religiosa da era ratzingeriana

Para quem entende que a verdadeira divisão religiosa ocorre sobre a Verdade, é claro que os campos ficam divididos nas consciências além das aparências e dos nomes. Depois que o abjeto Vaticano II declarou a liberdade religiosa, portanto de consciência e de moral, colocou-se no campo da “intellighenzia aggiornata” que tem por “bem supremo” a reconciliação e a paz, não com Deus, mas com o mundo protestante e maçon, cujo primeiro mandamento é a “liberdade de exercício” das próprias idéias sobre um bem que ignora o fim último a esquecer!

Para estes a Igreja Católica é a grande inimiga da liberdade humana!

A esta falsidade aderem também indiretamente os clérigos do «pacote»; aqueles que repetem coisas justas, mas aceitam o aparato que prega o mais ímpio dos erros contra a fidelidade a Deus e sua única Igreja: a liberdade do erro do Vaticano II!

 

O assalto da “gnose” moderna vai contra a “Verdade” mesma, e, portanto a perfídia desta iniciativa deve ser entendida à luz do juízo basilar do Cristianismo sobre a prioridade devida à Verdade = Bem, enquanto erro = mal. Não há paz sem Verdade, e o gnosticismo, como o ecumenismo não são fatores de bem nem de paz, porque reduzem a verdade ligada ao Ser a uma praxis; é a operação conciliar, sociológica, ecumenista, estranha à fé católica, que nenhuma «hermenêutica» ladina pode encobrir.


Só a Ordem da Fé vence a desordem do mundo

A este ponto repassamos um pouco da história dos erros, erros também de lógica que comprometem a clareza da Lei e da Fé, a favor do direito à liberdade de errar típica do degenerado mundo moderno que não confessa, mas divide Jesus e não é de Deus, mas do espírito Anticristo… falam a linguagem do mundo e o mundo os ouve, para sua desgraça.

A Igreja Católica ensina, Jesus Cristo é a verdade encarnada e comunicada à qual a liberdade humana deve aderir. Ao contrário, a seita conciliar ensina que o homem tem o direito de escolher a verdade ou o erro no qual crer para confirmar a razão porque existe: a dignidade da plena liberdade para o bem e o mal!

Na verdade, o homem é livre de errar – é o que mais faz – mas não é livre de dizer que o falso é verdadeiro, nem que o mal é bem; isto é falso direito. Menos ainda um clérigo é livre de afirmar, em nome da Igreja, a liberdade do erro; o oposto do que ensina Jesus:

Se guardardes a Minha palavra, sereis meus discípulos; conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.”

Se alguém em veste papal, de Vigário de Cristo, declara o direito humano de não seguir Cristo, o que está declarando implicitamente, segundo a lógica, senão o direito que não se acredite nele mesmo? E isto implica que ele não representa, mas contradiz Cristo em terra: é uma tácita renúncia a ser autoridade católica. Esta vincula à Fé da Autoridade divina; ao contrário, a “autoridade” da liberdade religiosa, desvinculando dessa Fé desvincula de sua falsa posição de suposta autoridade.

São Paulo ensina que o herege está condenado pelo próprio juízo – (Tt 3, 9-10).

Dito e confirmado no Canon 188, 4:

«Ob tacitam renuntiationem ab ipso iure admissam quaelibet officia vacant ipso facto et sine ulla declaratione, si clericus: 4 – A fide catholica publice defecerit.

Tal canon (Código de 1917) especifica:

qualquer cargo se torna vacante pela “defecção pública na Fé”, ipso facto e “sem nenhuma declaração”.

Assim, os modernistas ocultos, por causa desta pública declaração contrária à fé – e com qual mau jeito – na verdade renunciaram à verdade e à razão da Igreja, juízo que emana do direito divino, que só neste século do nada e da mentira podia ter ficado esquecido, diante do falso respeito e obediência aos falsários religiosos em altos tronos que forjaram uma nova Igreja ecumenista, em que o Papa católico é só o delirante enfeite da mais apocalíptica mentira.

Ensina São João (I Jo, 5, 5):

Quem pode vencer o mundo, senão aquele que acredita que Jesus é o Filho de Deus?” Ele recebeu todo o poder no Céu e na terra, que delegou ao Seu Vigário para ligar e desligar.

Aí, porém, estão sentados no trono uns que são aplaudidos pelo mundo, porque até que enfim renunciam a tudo, menos que a acreditar em si mesmos.

Conclusão: a verdadeira resistência católica, do “pequeno resto”, deve estar sobretudo bem munida da fé que reconhece o senso cristão da História, os termos da sadia lógica, as razões divinas da Lei da Igreja, e que se apoia sobre o Direito de Deus de ser representado no mundo por quem professa a Sua Fé. Esta é intimamente ligada ao Sacrifício redentor celebrado na Santa Missa, onde deve resplender a comunhão na Vontade divina, cumprida com a consciência que nos foi transmitida sem mancha, que tudo na vida da Igreja e do mundo é regulado pela Fé por Deus suscitada e nunca reduzida a complemento dos planos do mundo que pretende condicionar a vida da Igreja às suas falsas liberdades.

O momento em que alguém inverte este sentido, procurando um acordo, com a desculpa de ajudar na sobrevivência da Tradição, deve saber que se embrenha nas sendas do mesmo modernismo que diz combater, porque faz da fé um meio para atingir um fim; faz da precária concórdia humana um fim último. Assim, querer interpretar o modernismo à luz da Tradição será a rua mais larga para um pacto de perdição.

 

Resumindo

 

A inteligência na Fé segue a seguinte relação lógica:

Verdade = Bem = Justiça = Direito = liberdade.

Dai chega à fórmula de paz, cujo contrário é:

erro = mal = injustiça = abuso = escravidão,

que redunda em conflitos revoluções e guerras,. Jesus disse: “A verdade vos tornará livres” (Jo 8.32) e proclamou-se a si mesmo Verdade encarnada (Jo 14.6), ao mesmo tempo que indi­cou o pecador, isto é o operador de erros, e portanto de mal, como servo do pecado (Jo 8.34). Para vencer o erro e o mal, e atingir a verdadeira paz, Jesus ensina a seguir a Verdade que guia ao bem; a “praticar a verdade” (Jo 3.21) e a santificar-se na Verdade (Jo 17,17-19).”, porque a escolha do erro e do que é falso conduz cedo ou tarde ao mal.

Uma liberdade no mal não poderá jamais constituir um verdadeiro direito, como quer o pensamento gnóstico liberal, e hoje a superstição ecumenista, estando a separação entre o verdadeiro e o falso à raiz de toda lei civil, mas principalmente sendo a razão da Religião revelada.

A grave ruína é que agora uma geração de intelectuais, que se considera finalmente “adulta”, volta à questão: quid est veritas? O que é a verdade? Que esta dúvida tenha voltado a difundir-se no mundo que já foi cristão é lastimável, mas não tão deletério quanto se for advogada numa velada forma religiosa, como faz a idéia ecumenista conciliar.

O mega ridículo, porém, é que, se os conciliares passaram para o “culto do homem”, os infelizes traicionalistas à la Rifan, passaram para o culto do homem vestido de papa que pode pronunciar a heresia que quiser, mas ser igualmente reverenciado, se não com as palavras, com a adesão. Esta para garantir a boa aparência do engodo clerical que tem por nomes principais: direito à liberdade religiosa e dignidade garantida em eterno.

Eis a aposta lamentavelmente perdida para sempre diante de Deus.

Assim, deixamos o século da mentira religiosa, em trânsito para este novo século de delírios religiosos para o qual trabalha até um mísero mundo traicionalista inebriado na pérfida «hermenêutica da continuidade» entre a Fé Católica e o Vaticano II, de recente, mas já danada memória.

Que Deus nos livre de tais guias espúrios que, com trejeitos e gargarejos latinizantes vão por ai tentando empulhar o «pequeno resto» que luta para permanecer fiel. Devemos testemunhar esse embuste, mas confiando tudo aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, porque no fim a vitória virá somente através dessa devoção de amor pela Verdade do amor invencível.

outubro 10, 2010

Rosário de enganos sobre a Fé e o Segredo de Fátima

O que estes enganos revelam?

Nossa Senhora de Fátima
Dia 13 de maio de 1917 a Virgem Santíssima apareceu pela primeira vez em Fátima, onde confiaria à pastora Lúcia e primos uma mensagem em três partes para o nosso tempo. Duas foram conhecidas anos após.

A terceira deveria ser revelada em 1960, porque então seria mais clara.

João XXIII - aperto de mão maçônico

João XXIII leu esse terceiro segredo, mas não permitiu sua divulgação apesar da febril espera do mundo. O motivo dessa decisão, à luz dos eventos que desde então se sucederam em ritmo frenético, foi-se tornando sempre mais claro: era uma advertência aos eclesiásticos e à humanidade prenunciando provações e perseguições para a Igreja se os bispos, e por conseqüência o clero, não fossem fiéis à sua missão; e ulteriores castigos para a humanidade se perseverasse em sua corrupção moral e religiosa.

Ora, desde 1960 a degradação da Igreja e da humanidade aumentou vertiginosamente. Trabalham há anos na demolição da Igreja infiltrados maçons de todo o tipo, como revelam inúmeros documentos, mas, sobretudo, os fatos sempre mais ruinosos que resultam da desastrosa reforma conciliar, o enésimo dos quais foi o apoio dado pelos bispos ao referendo miniabortista da Itália.

A esse respeito, João Paulo II, que parece ter ficado surpreso com o engano, achou que não devia intervir, para não desautorizar e dividir os bispos italianos! Como se fosse possível manter uma unidade à custa da verdade, ou tocar a essência da fé e da moral, sem dividir os católicos.

Mas, o panorama de todo o mundo católico é desolador. A Igreja na França, Bélgica, Holanda, América Latina, EUA, Canadá, etc., dá um espetáculo da incrível degeneração orquestrada e dirigida festivamente pelas diversas conferências episcopais nacionais. São os frutos amargos da colegialidade aplicada a partir do Vaticano II.

As conferências episcopais nacionais revelaram-se, em quase todos os lugares, centros de poder através dos quais infiltrações maçônicas podem manobrar a vida da Igreja, condicionando até o «papa».

A Igreja, obscurecida pela fumaça de Satã, deixa de ser sinal luminoso para os povos (influência política não significa influência religiosa), as trevas do mundo se tornam mais densas, a redenção é recusada, o príncipe deste mundo reina e os ministros da redenção não mais dão o ar da sua graça para o enfrentarem.

Eis que as provações e perseguições prenunciadas são mais presentes e a humanidade sempre mais abandonada à sua desordem espiritual que reclama castigos: Quos Deus vult perdere amentat.

Uma infâmia inconcebível — No dia 13 de maio de 1981 um evento inaudito: o papa conciliar foi vítima de um atentado quase mortal. O gesto sacrílego provoca horror e aflição, pois a escalada da violência atingiu até quem se tinha como a sagrada pessoa do vigário de Cristo.

Atentado a João Paulo II em 1981

Tudo parece indicar um complô internacional. O autor do atentado não é um exaltado. Desde o início revela a frieza de killer profissional. As investigações orientam-se imediatamente para a hipótese do complô que pagou um assassino: condenado à morte na Turquia, evadido misteriosamente de uma super-prisão, graças a altas cumplicidades, munido de passaporte regular emitido pela polícia turca e largamente subvencionado a ponto de viajar por dois anos e com luxo por nove países, o killer tinha tudo a ganhar e nada a perder com o gesto.

Mehmet Ali Agca

Mehmet Ali Agca

Quem tinha interesse em eliminar um pseudo Papa? O pensamento corre para os obtusos comunistas imersos nos erros ‘espalhados pela Rússia’, flagelo prenunciado em Fátima. A pista búlgara o confirmou.

A outra hipótese é ridícula: de mandantes maçons, cuja condenação parece confirmada pela Congregação da Fé, por vontade de João Paulo II, que os recebe continuamente sob outras denominações!

Que a Maçonaria tenha numerosas infiltrações na Cúria Romana e especialmente na Secretaria de Estado, é notório, foi até fornecida uma lista de eclesiásticos maçons, com a respectiva documentação, por um cardeal, ainda no tempo de Paulo VI. Desgraçadamente, os maçons são de casa nesses mesmos altos escalões da hierarquia eclesiástica!

A inesperada morte de João Paulo I permanece nesse denso mistério, e foi em vão que de diversas partes fizeram-se pedidos de autópsia. Consta que Karol Wojtyla, apenas eleito, teria mandado remover de seus aposentos pesadas tapeçarias que escondiam microfones. Sabe-se também que se cercou de pessoal polonês de sua confiança, a começar pelas irmãs, que cuidam da cozinha. Complôs mações não têm hora!

Seria a terceira hipótese, ainda mais ridícula: o atentado como resultado do entendimento entre a KGB e a maçonaria internacional.

Pode-se notar como o segredo de La Salette previne contra o complô perpetrado contra a Igreja e o papa pela maçonaria, sempre denunciada pelas autoridades da Igreja. Mas poucos ligam isto à terceira parte do Segredo de Fátima em que isto acontece em figura, mais clara em 1960.

Nenhum católico pode duvidar de que o fato de 13 de maio de 1981 esteja nos desígnios de Deus, que permitiu o atentado quase mortal ao chefe do Vaticano que sobreviveu para pôr em evidência, ainda que a seu proveito, a Profecia de Fátima e o seu Segredo!

Ao contrário de João XXIII, que leu o segredo e o arquivou em silêncio, e de Paulo VI, que ignorou sua existência, evitando falar até com irmã Lúcia, João Paulo II mostrou-se mais acessível e confiante no justificar sua ocultação para o seu tempo! A prova está no diálogo que teve com católicos de Fulda, por ocasião da viagem à Alemanha em novembro de 1980. Este foi registrado e autenticado para ser publicado pela revista Stimme des Glaubens (10-81). Aqui é reproduzido com os comentários de Si si no no, n.º 2, ano VIII (jan. 82).

Irmã Lúcia e João Paulo II

“Pergunta: Que é feito do terceiro segredo de Fátima? Não deveria ter sido publicado já em 1960?

Resposta: Dada a gravidade do conteúdo, para não incitar a potência mundial do comunismo a tomar iniciativas, os meus antecessores no ofício preferiram diplomaticamente sobrestar a sua publicação…”

“Obs.: Ter silenciado sobre o segredo (…) equivaleu a acusar a Rainha do Céu de imprudência e de impertinência. Equivaleu a considerar a prudência dos homens superior à celeste.

“…Por outro lado, aos cristãos basta saber isto: se há uma mensagem em que está escrito que os oceanos inundarão partes inteiras da terra, que de um momento para outro milhões de homens morrerão, não é deveras o caso de insistir na divulgação de tal mensagem secreta.”

“Nota: Tais palavras copiam quase literalmente a profecia apocalíptica do «terceiro segredo» que circula há anos e diz: ‘As águas dos oceanos se transformarão em vapores e a espuma se elevará, submergindo tudo. Milhões de homens morrerão de hora em hora’… Ainda para justificar o silêncio dos predecessores, diz: “Muitos querem saber por simples curiosidade e sensacionalismo, mas se esquecem de que saber comporta também responsabilidade. Procura-se somente satisfazer a própria curiosidade, e isto é perigoso se ao mesmo tempo não se tem a disposição de fazer algo, ou nos convencemos de que nada se pode fazer contra o mal.”

“Obs.: Não é um fato real, nem demonstrável que muitos queiram saber só por curiosidade e sensacionalismo. De qualquer modo, muitos não significa todos. Além disso, de uma natural curiosidade pode nascer um sincero arrependimento e propósito de emendar-se. É doutrina comum da Igreja, que Deus move as criaturas segundo seu comportamento natural. Ora, sendo a curiosidade mola do conhecimento para os homens, é claro que a graça divina não deixará de movê-los partindo justamente do limite extremo dessa curiosidade natural. É verdade também que conhecer comporta uma responsabilidade. E isto em relação ao livre-arbítrio, que pode decidir rejeitar o bem conhecido. Mas o conhecimento em si é um bem, porque aumenta as possibilidades de agir retamente. Por isto, instruir as almas é um dever; quem se nega a fazê-lo é culpado de omissão e co-responsável da ruína do próximo.

“Enfim, visto que o castigo pende sobre toda a humanidade, é lógico pensar que a Virgem Santíssima queria que cada assumisse as próprias responsabilidades. Existe, portanto, um direito dos homens de conhecer a mensagem celeste que nos diz respeito e cujo desprezo pode trazer-nos conseqüências apocalípticas.

“As revelações de Fátima não se destinam ao bem pessoal de irmã Lúcia ou do sumo pontífice, mas a toda a humanidade. Quem pode negar à Mãe dos santos e dos pecadores o direito de comunicar algo a seus filhos? O papa, dir-se-á, é juiz das aparições e de suas revelações, na Igreja. Mas a aparição e as revelações de Fátima foram declaradas autênticas justamente pelo papa. Eis a incoerência: de um lado, reconhece-se que em Fátima a Mãe de Deus falou para a salvação da humanidade; de outro, acrescenta-se: ‘Mas o que revelou não é prudente dar-se a conhecer’.”

Paulo VI exclamou em Fátima, angustiado: ‘Nós dizemos: o mundo está em perigo … o espetáculo do mundo e de seu destino apresenta-se aqui imenso e dramático. É o quadro que nos descerra Nossa Senhora, o quadro que contemplamos com os olhos estarrecidos…’ (veja L’Osservatore Romano, 14 maio 1967). Mas, e os remédios? Foi justamente a partir dos pontificados desses pastores conciliares que os reiterados pedidos marianos de oração e penitência foram desprezados no triunfante naturalismo conciliar, as suas formas degeneradas, o seu número diminuído (até nas ordens contemplativas); quanto à penitência nada! O jejum eclesial foi reduzido e permite-se que as profanações se multipliquem, e que a devoção mariana fosse até ridicularizada em muitos conventos, com um zelo realmente diabólico. Este desprezo da prática das devoções pedidas na mensagem de Fátima não partiu do povo cristão, mas veio dos vértices da Igreja.

A consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, do modo como foi pedido por Nossa Senhora, não foi nunca feita. Mas João Paulo II afirmou o contrário e convenceu disso a Irmã Lúcia.

E o que se fez para a conversão da humanidade? O oposto do ensinado; ambigüidades e erros doutrinais; a difusão de uma ‘moral’ imoral, que favorecera o triunfo de leis civis, opostas à Lei divina e natural. O divórcio, o aborto, a contracepção, a pornografia e a conseqüente corrupção, especialmente da juventude, estão acumulando sobre a humanidade a ira divina. Não se trata somente do silêncio sobre o terceiro segredo, mas de se ter feito exatamente o contrário de quanto havia sido revelado na mensagem de Fátima.

Todavia, Fátima é uma profecia para o nosso tempo. 1917 foi o ano da revolução bolchevista, que fez da Rússia uma nação declaradamente atéia, difusora do ateísmo teórico e prático, imposto no Oriente e infiltrado com todos os meios no Ocidente. Pareceu representar o ápice da apostasia da humanidade. Engano. A apostasia vai além da negação, está na substituição da Autoridade de Deus em terra por clérigos que exaltam o culto do Homem! João Paulo II repete Paulo VI: “O Vaticano II lançou as bases para uma relação substancialmente nova entre a Igreja e o mundo (…)” (discurso de 22/12/1980 ao Sacro Colégio).

Ora, como o mundo não mudou em relação à Igreja de Cristo, senão pelo afastamento do seu ensinamento, teria sido uma nova igreja a mudar, adaptando-se às condições do mundo, mas isto só é possível com uma consciência, a que se costumou chamar de “conciliar.”

De fato, nos seus documentos conciliares transparece essa mudança e reconhecimento às crenças diversas. Por exemplo, na declaração Nostra aetate está escrito (§ 2): “[a Igreja] considera com respeito sincero o modo de viver e de agir por preceitos e doutrinas (…) [de outras religiões].” Igualmente, João Paulo II disse ao escritor Frossard que tem “um respeito total pelas convicções dos que crêem [ou negam] de modo diferente.” Do mesmo modo, manifestou muitas vezes a necessidade de “procurar uma inteligência e uma ‘expressão da fé’ que corresponda e torne-se aceitável à maneira de pensar e de falar de nossa época” (1-11-1982, aos teólogos de Salamanca). “Uma fé à medida do mundo”, dirá também ao escritor Frossard (Dialogues, Ed. Laffont, Paris).

Qual seria essa fé? Na sua primeira Encíclica Redemptor hominis é dito: “A natureza humana está elevada em cada homem a uma sublime dignidade pelo fato mesmo da Encarnação.” Esse conceito está na constituição conciliar Gaudium et Spes (n. 22): “Com a Encarnação o Filho de Deus uniu-se, de certo modo, a cada homem.”

Mas a verdadeira Igreja sempre ensinou a necessidade do batismo para tornar-se cristão, este é o sacramento que dá essa dignidade e une o batizado ao Corpo Místico de Cristo. Sem este, não há esta adesão, e nenhum homem poderia deduzi-la por esses vagos conceitos mais humanitários que propriamente religiosos. Além disso, se assim fosse muitos homens estariam unidos ao Filho de Deus sem crer Nele, ignorando-O ou então negando-O. Não seria nem moral nem lógico imaginar isso. Em todo caso, é o falso catolicismo que exclui a união pela conversão e fé cristã. E sendo assim, também a consagração a Deus é inútil; esta, de certo modo, já teria ocorrido com a Encarnação, segundo essa doutrina anti-cristã. Não haveria, pois, errantes a exortar, nem erros graves a condenar no mundo. Todos seriam consagráveis.

João Paulo II do dia 13 de maio de 1982 em Fátima diz que “a potência da redenção supera infinitamente toda a gama do mal que está no homem e no mundo”. Com tais palavras dá a entender uma redenção que opera mesmo sem arrependimento e o reconhecimento do pecado; sem conversão. A redenção e a consagração seriam potentes a ponto de prescindir da renúncia a toda gama do mal e penitência para ser eficaz. Diz ainda: “A santidade de Deus manifestou-se na redenção do homem, do mundo, da inteira humanidade, das nações, redenção efetuada por meio do Sacrifício da Cruz… – Por eles Eu consagro a Mim mesmo – havia dito (em João 17, 19) Jesus.”

Como se vê, fala-se de uma consagração total e indiscriminada do mundo, e o mesmo é dito da redenção. “Por eles Eu me santifico a Mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (Jo, 17, 19). Mas, como podem ser santificados na verdade os ateus, os homens que rejeitam a Cristo e Sua Igreja, um mundo corrupto e uma humanidade apóstata desse ensinamento cristão? E como poderiam beneficiar-se dessa consagração e se converterem se não é indicado o mal em que estão mergulhados, por exemplo, nos erros do ateísmo militante, do comunismo, mas também do modernismo conciliar, que é velado inimigo da Ordem cristã. Quando este faria apelo à conversão, como é função de confirmar na fé do verdadeiro sucessor de S. Pedro?

Estes falsos pastores também omitem no trecho evangélico aquilo a que Jesus está se referindo em sua “oração sacerdotal” aos fiéis, aos que receberam a palavra de Deus e de Seu Filho. “Manifestei o Teu Nome aos homens que me deste do mundo; eles eram Teus e Tu mos deste e guardaram a Tua palavra. Agora conheceram que todas as coisas que me deste vêm de Ti; porque lhes dei as palavras que me deste; e eles as receberam e conheceram verdadeiramente que Eu saí de Ti, e creram que Me enviaste. “É por eles que Eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus.(Jo. 17, 6)

Para obter a paz do mundo pela conversão à fé católica da Rússia, Maria Santíssima pediu sua consagração ao Imaculado Coração. Mas os chefes conciliares cancelaram a visão espiritual que invoca conversões; porque deveria alguém ainda crer que dessa Fé depende a salvação das almas e a paz no mundo, principalmente através de uma Rússia cristã?

Todavia o católico pode e deve crer na conversão à Ordem de Jesus Cristo, resistindo e testemunhando desde os telhados contra os que, em vestes pontificais, trazem esse «novo evangelho»! Sim, porque este rosário de enganos sobre a Fé e o Segredo de Fátima revelam, nada mais nada menos, justamente que o Papa católico foi «eliminado», como está figurado na terceira parte do Segredo que Nossa Senhora houve por bem profetizar desde 1917, para o tempo depois de Pio XII.

Louvado seja Deus e Sua Santa Mãe!

outubro 2, 2010

A morte do «último Papa» e a pompa funérea que seguiu

O título «Pio XII o último Papa», atraiu logo a atenção de muitos católicos. Parecia profético diante das espantosas demolições a que foi submetida a Santa Madre Igreja.

Na verdade o seu autor, Antonio Spinosa, uma espécie de biógrafo profissional de sucesso das grandes casas editoriais italianas (Mondadori), tinha outra intenção, a saber:

Pio XII comportou-se como o último papa inteiramente romano que aspirava a uma Igreja forte e unida como um império que, com sua autoridade moral e pregação universal, fosse capaz de dominar os povos seja na esfera civil, seja religiosa. Mas o mundo mudava e a idéia que deixou foi de ser o último papa… desse cesarista solitário e hierático se passou ao generoso Roncalli!!!

Pio XII nasceu três anos antes de Stalim, sete antes de Mussolini e treze antes de Hitler. Todos juntos foram os últimos.

Assim o acusa em estilo histórico-literário do «escriba» Antonio Spinosa.

Pio XII, o último Papa - Antônio Spinosa

Ora, como o seu título de «Último Papa» (1992) despertou o efeito contrário ao que desejou no mundo católico, que conheceu a suspeita «banda dos sucessores» do Papa Pacelli, aberta ao mundo e amiga de sua grande comunicação anti-cristã, agora o mesmo livro é editado com outro título, que soa melhor aos ouvidos do «eleitorado» progressista! Viva a coerência, serva da conveniência comercial!

Todavia, os sinais das infiltrações de poderes estranhos à Igreja no seu interior, já apareceram desde o leito de morte de Pio XII, quando o mundo ouviu em direta pelo rádio os estertores do Papa moribundo.

Morte de Pio XIIPio XII moribundo

Esse scoop foi proporcionado nada menos que pelo médico pontifício, Galeazzi-Lisi, e significou o fim de uma época, porque seguiu ainda o péssimo tratamento dado aos restos mortais do Papa, razão porque a exposição do corpo teve que ser abreviada devido às exalações cadavéricas. Tudo isto poderia ter sido casual, mas serviu para acentuar mesmo o fim da era do Catolicismo influente de Pio XII, de quem o mesmo presidente Eisenhower disse então: «Apagou-se uma luz no mundo».

Certo é que este «último papa» não se preocupou com a própria glória neste mundo, onde é, como mostram estes livros, perseguido até depois da morte.

Livro O Papa de Hitler de John Cornwell

«O Papa de Hitler»  já é uma obra plantada no terreno aberto ao ódio disfarçado contra Pio XII. Seu autor, John Cornwell – pasmem – foi seminarista católico antes de ser guindado a professor no “Jesus College”. Como leigo suas relações com o atual Vaticano foram boas o bastante para que ele tenha recebido a encomenda do livro que «explica» a morte natural de João Paulo I, Albino Luciani.

Para este trabalho, que visava neutralizar o livro de outro inglês, David Yallop, que demonstrava esse assassinato dentro dos muros do Vaticano, lhe foram abertas todas as portas da Biblioteca e dos mais reservados arquivos da Igreja.

O resultado está aí, para gáudio dos inimigos da Fé de sempre. Depois de Pio XII, são os aplausos e elogios encomendados a determinarem a «bondade» de pastores pouco angélicos; o contrário do que ensina o Evangelho de Nosso Senhor. [1]

Pio XII

Estamos diante do último Vigário de Cristo dos tempos modernos (maçônicos), segundo a visão da «hecatombe» papal da terceira parte do Segredo de Fátima? Facto é que o Papa católico “teria muito que sofrer” – seguindo o «caso» do Reino da França – por ter retardado o cumprimento dos pedidos da Santa Mãe de Deus.

Por isto o Papado “o seguiu na desgraça” [sobre isto ler aqui].

Tal sofrimento em vida de Pio XII foi seguido por injúrias, calúnias e difamações após a sua morte, desde o «reino» do «generoso» Roncalli, o «papa bom» que lendo o Segredo de Fátima o arquivou em proveito dos seus «sinais dos tempos».

Sinais, vistos por homens ilustrados pelas lojas, mas de certo ignorados pela Bem-Aventurada Virgem Maria na mensagem, por ele indiretamente alcunhada, «profecia de desgraças».

Fato é que uma das primeiras preocupações do velho João XXIII foi a da otimização de sua embalsamação. Esta foi tão bem feita e com uso de tantos produtos químicos, que até correu a voz do «corpo incorrupto» de Roncalli. O que precisou ser desmentido pelo mesmo Vaticano.

Corpo Embalsamado [Corrupto] de João XXIII

Corpo embalsamado/corrupto de João XXIII. Confira no site oficial da Radio Vaticano: https://www.vaticanradio.org/portuguese/brasarchi/2001/RV22/01_22_58.htm

 
Eis o astro caído do Céu em terra, que usou uma cruz peitoral com um símbolo maçônico típico e a ela esteve apegado até ser eleito ilegitimamente papa católico [2] para da Sé de Pedro inocular seu maldito modernismo. Cuidou então, que seu cadáver fosse bem conservado e sua obra elogiada pelos irmãos maçons e socialistas. Porém, se seu cadáver está «rebocado», sua obra rui na corrupção da Fé contaminando a terra. Entre seus efeitos está a liberdade de consciência da apostasia e da pedofilia, que é só um dos seus delituosos efeitos que clamam à Justiça de Deus.
Homenagem maçônica a João XXIII

Seu sucessor, Paulo VI, teve o funeral marcado pelo silêncio em relação a Deus.

A viagem do seu féretro de Castel Gandolfo à Basílica de São Pedro em Roma ocorreu de forma nunca vista, como foi descrita pela revista SI SI NO NO (ano IV, número 9) sob o título: «Um papa sem alma?»

Ao microfone estava um sacerdote para animar a pompa funérea: seu comentário era dirigido a todo o mundo pela TV! Mas o mundo não ouviu uma só prece a Deus pela alma do defunto. O que o mundo viu foi o carro fúnebre percorrendo a Via Appia, das Catacumbas, por onde passaram os apóstolos e mártires que vieram a Roma para ensinar sobre Deus e a alma, e para rezar a Deus, o que significa entregar-lhe a alma. Mas acaso não teria esse “sumo pontífice”, uma alma a salvar?

Teria Paulo VI deixado disposições também para essa sua derradeira viagem terrena? Porque se põe uma tremenda questão: estes «famosos personagens» buscando agradar e impressionar os homens, podiam agradar a Deus? Ou ao contrário, se faziam inimigos das almas e de Deus? [3]

Paulo VI HOMENAGEADO pelos comunistas de Roma em nota oficial.

Homenagem comunista ao colaborador Paulo VI

Lista de Amigos do Templo do Entendimento da ONU: Patriarca Atenágoras, João XXIII, Paulo VI entre outros.

Amigos da Fundação do Templo do Entendimento da ONU

Amigos do Templo do Entendimento - Zoom in

https://www.templeofunderstanding.org/wwa_founding_friends.html

 

A mesma Mãe de Deus, porém, previu estes tempos sombrios para a Cristandade, mas nos assegura que:

(…) por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será consedido ao mundo algum tempo de paz…

Nossa Senhora de Fátima

Auxílio dos Cristãos, roguai por nós!

Notas:

[1] (Cf. São João 5, 44)

[2] Tendo sido eleito Ângelo Roncalli enviou sua cruz peitoral como presente a Basílica de Santo Ambrósio, em Milão, fato que pode ser conferido através do site oficial da Basílica no Arquivo do Jornal da Basílica (https://www.santambrogio-basilica.it/Archivio.htm) no número 1 do ano de 2009 ou que pode ser baixado direto no link (https://www.santambrogio-basilica.it/due_torri/2009_01.PDF) [para conexões lentas recomenda-se clicar no link com botão direito do mouse e escolher a opção salvar como para fazer o download]

[3] “Adúlteros! Não sabeis que a amizade deste mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. ” (Cf. São Tiago 4,4)

 

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